A Perna Australiana de Surf com um show a moda Verde e Amarela
Brasil comanda o Circuito Mundial de Surf 2021 – Aloha galera! Esta é mais um resumo dedicado ao circuito mundial de Surf. Quem acompanha a nossa coluna pode conferir. Que na segunda etapa, o Rip Curl Newcastle Cup, os brasileiros dominaram o evento.
Nesta coluna iremos abordar mais duas etapas e ambas fazem parte da perna australiana do circuito mundial de surf 2021.
A terceira etapa do Circuito Mundial de Surf. O Rip Curl Narrabeen Classic. Foi realizada entre os dias 16 e 26 de Abril de 2021. A quarta etapa, o Boost Mobile Margaret River Pro. Ocorreu entre os dias 2 à 9 de Maio de 2021 em Margaret River, Australia.
A Austrália, devido a Pandemia, está sediando 4 etapas do circuito mundial de Surf. A perna Australiana assemelha-se a uma copa do mundo do Surf.
Vamos Lá!
Mais uma vez a “Brazillian Storm“ comandou as ações em ambos os eventos. O campeonato teve boas ondas e muitas polêmicas. O Rip Curl Narrabeen Classic nos presenteou com excelentes performances dos surfistas.
Começamos com a surpresa da temporada o Surfista australiano Morgan Cibilic. O Aussie, de 18 anos tem mostrado atitude executando manobras de borda com muita pressão e radicalidade.
O australiano tem sido a sensação do circuito em 2021. Eliminou pela segunda vez seguida consecutiva o Bicampeão Mundial John John Florence. Cibilic, porém, foi novamente eliminado por Gabriel Medina nas quartas de final do evento.
As Polêmicas
A terceira etapa do circuito mundial foi recheada de baterias polêmicas. Os brasileiros foram o centro das atenções nesse quesito.
Adriano de Souza, em bateria contra Griffin Colapinto, recebeu notas desproporcionais ao desempenho apresentado. Na transmissão em Português, da WSL, os narradores verificaram erros de critérios na avaliação das notas. Adriano teria sido supostamente “prejudicado” na bateria. Critérios confusos no julgamento das notas rendeu uma eliminação a Adriano de Souza.
Manobra Incompleta?
A grande polêmica do evento ocorreu na 5ª bateria do Round 16 (Oitavas de Final). No confronto entre Italo Ferreira e o norte-americano Conner Coffin. O potiguar acabou sendo eliminado precocemente do evento.
O aéreo executado foi considerado incompleto. Ferreira ao aterrissar. Ficou pouco tempo sob a prancha. Acabou caindo com a turbulência da onda. Boa parte da imprensa considerou a manobra completa. Os juízes viram de outra forma e consideraram a manobra incompleta.
Sendo o aéreo avaliado como completo, renderia ao menos um 9.50 ao brasileiro. Italo, portanto, tomaria a vantagem a poucos minutos do encerramento. Deixando Coffin em situação extremamente delicada na bateria.
Erros de Julgamentos no Circuito Mundial de Surf
Decisões polêmicas acontecem a todo instante no Circuito. Vários surfistas consagrados já se envolveram em decisões polêmicas dos juízes.
A exemplo de 2005 em Jeffreys Bay, África do Sul. Na final entre o norte-americano Kelly Slater e o havaiano Andy Irons. Slater estava em desvantagem na bateria e precisavade um High Score para sair vencedor. Irons havia saído da água quando Kelly surfou sua última onda. O norte-americano conseguiu virar a bateria e sagrou-se campeão da etapa. Na ocasião a imprensa e outros surfistas do tour não concordaram com o resultado final da bateria.
A polêmica mais recente ocorreu em 2019, no Meo Rip Curl Pro Portugal 2019, em bateria envolvendo os paulistas Gabriel Medina e Caio Ibelli. Na ocasião um “erro” do juiz de prioridade custou a eliminação do líder do ranking mundial Gabriel Medina. O local de Maresias era franco favorito ao título e, vencendo a bateria, quase colocaria as 2 mãos na taça. Gabriel poderia ter sido Tricampeão mundial de surf 2019, em Portugal.
A decisão polêmica do juiz de prioridade em Portugal, em 2019. Abriu a possibilidade de outros surfistas se consagrarem campeões mundiais. Na última etapa do tradicional Pipe Masters. Entre eles Filipe Toledo e Ítalo Ferreira. Ítalo consagrou-se campeão mundial de Surf. Vencendo o Pipe Masters em 2019, sobre Gabriel Medina.
Os Destaques do Rip Curl Narrabeen Classic
Os destaques foram os desempenhos dos surfistas Gabriel Medina e Caroline Marks. Que apresentaram um surf do mais alto nível.
Medina deu show de surf. Fez sua quarta final consecutiva e faturou a etapa no masculino. Gabriel surfou como um Bicampeão Mundial. Executou as melhores manobras do evento. E levantou o público presente com seus aéreos. Gabriel vive um momento diferente na vida e na carreira. O paulista mostra amadurecimento e experiência no circuito.
No feminino a brasileira Tati Weston-Webb teve boa atuação. A brasileira foi consistente durante toda a etapa e ficou com o vice-campeonato. A excelente surfista Caroline Marks foi a grande vencedora do evento. A norte-americana eliminou concorrentes de peso pelo caminho.
Saldo final foi ver o Brasil novamente no pódio. Tanto no feminino quanto no masculino.
Parabéns a Gabriel Medina pelo desempenho, as lindas manobras e o título da etapa.
West is Best: Margaret River na Australia
A quarta etapa do circuito mundial, o Boost Mobile Margaret River Pro. Foi realizada nas ondas pesadas do Main Break de Margaret River, Austrália. O evento, encerrado dia 9 de Maio de 2021. Teve o show de Filipe Toledo e Tatiana Weston-Webb.
O Main Break fica localizado em Surfers Point em Margaret River, Austrália. A onda é pesada, volumosa e manobrável. Uma onda que abre para os dois lados. A direita abre cavada, manobrável terminando em uma junção “muito power”. Sobre rasa bancada de coral. A esquerda é uma onda mais cheia e manobrável e termina em num canal.
A onda de exige muita técnica e experiência em ondas pesadas. Adriano de Souza, o “Capitão Nascimento do surf”. É o melhor surfista brasileiro com retrospecto nas ondas de Margaret. Por parte dos estrangeiros, John John Florence é atualmente o surfista com melhor retrospecto no local.
Entre as mulheres a brasileira Tati Weston-Webb. Fez pela segunda vez consecutiva uma final em Margaret.
Os atletas encararam condições desafiadoras. Com mar acima de 8 pés (2,5 M) durante todo evento. E durante o Seeding Round (Classificatório). O “swell” atingiu 20 pés (6 M) de face.
No oeste australiano as manobras progressivas saíram de cena. As manobras de borda, rasgadas, batidas, junções e alguns raros tubos, como o surfado por John John entraram em cena. O havaiano recebeu a única “nota 10” do evento.
A lesão de john john florence
John John Florence deu um show nas ondas de Margaret River. Até se contundir no round 16. Na bateria contra o brasileiro Peterson Crisanto. O havaiano venceu a bateria mas deixou a competição por contusão e não participa mais do restante da perna australiana.
Florence vai iniciar a sua recuperação com foco nas Olimpíadas 2021, no Japão. Não será surpresa se não competir nas próximas etapas. Que acontecem no Surf Ranch (California) e Barra de La Cruz no México.
Os Destaques do Boost Mobile Margaret River Pro
O Brasil mais uma vez foi protagonista. Na quarta etapa do circuito realizada em território Aussie. O Brasil é o país do Surf atualmente e foi coroado com o lugar mais alto do pódio no masculino e no feminino.
Os grandes vencedores Filipe Toledo e Tatiana Weston-Webb deram um show de surf.
Toledo, em seu caminho para o título da etapa, eliminou os brasileiros Miguel Pupo, Jadson André e Italo Ferreira. Nas semifinais foi a vez de vencer o Sul-Africano Matthew McGillivray. Na decisão, o local de Ubatuba, venceu o Sul-Africano Jordy Smith com uma performance incrível.
Destaque para o paranaense Peterson Crisanto. Local de Matinhos, Paraná. Peterson demonstrou frieza e experiência nas baterias. Crisanto acabou sendo eliminado no Round 16 pelo Bicampeão mundial John John Florence.
A brasileira Tatiana Weston-Webb foi o destaque geral da competição. Mostrando que o surf feminino tem evoluído muito. Venceu a final contra a Aussie e heptacampeã mundial, Stephanie Gilmore.
Tati, no confronto final, não deu nenhuma chance a Australiana. Dropou as maiores ondas da bateria. Executou manobras nas partes mais críticas das ondas. E venceu a “Aussie” com propriedade.
As meninas têm encarado as ondas grandes com um “Go For It!“ impressionante. E merecem os parabéns de todos da comunidade do surf. Pela atitude, coragem e também pelo excelente nível de surf apresentado na Austrália.
Ranking da WSL no circuito mundial de 2021
O Brasil comanda o Circuito Mundial de Surf masculino. E está na liderança do ranking da WSL. As 3 primeiras posições do ranking masculino são respectivamente dos brasileiros, Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipe Toledo.
No feminino Carissa Moore continua na liderança com a brasileira Tatiana Weston-Webb na segunda colocação.
Próxima Etapa em Rottnest Island
A quinta etapa do circuito mundial, o Rip Curl Rottnest Search. Será realizada em Rottnest Island em Perth, na Western Austrália entre os dias 16 à 26 de Maio de 2021.
Façam suas apostas.
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Mahalo!!
Imagens: Diego Benedito
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