Esse é um relato verídico de um dos primórdios do surfe, o nadador e surfista Zé Paioli, irmão do surfista do mês de abril de 2023 seu irmão Chico Paioli
Segunda prancha de fibra no Itararé — Sim afinal, está é a 2ª prancha de fibra no Itararé, no verão de 1966. A qual prancha na foto acima, antes de tudo Zé Paioli a segura a sua velha de guerra no Festival Paulistano de Surf. Assim sendo ao lado de seu irmão Chico Paioli e sua família. Chico já foi o surfista do mês de abril no Litoral na Mídia. Com a participação de seu irmão nesta linda publicação.
A história da primeira prancha
Assim a primeira prancha feita em São Vicente, foi feita pelo prof. Geraldo Faggiano. Porém, o pai do Cocó, o Eduardo Faggiano, que trouxe a receita do bolo, lá do Rio Janeiro. Foi uma prancha de isopor, isolada da fibra com papel celofane.
Portanto, logo que Zé Paioli soube desta prancha, ele foi na casa do amigo Cocó. Na casa de Cocó ao lado de seu pai, passaram a receita do bolo para os irmãos Paioli. O irmão mais velho foi o entusiasta na confecção de pranchas.
Surpreendentemente Zé Paioli convenceu seus pais para comprar o material na cidade de São Paulo, na antiga Reforplás. Em princípio o Nei Sobral foi junto conosco com Zé Paioli na empreitada. A importância do Nei ir com Zé Paioli foi que ele sabia, com o intuito de que, já existia uma pasta chamada Epóxi. Com o propósito de eliminar o uso do celofani na isolação da resina do isopor.
A empreitada
Contudo, os amigos foram na Ciba em São Paulo, onde produzia a pasta epoxi. Sendo encomendada direto da fábrica em Santo Amaro. Primordialmente foi a primeira prancha de Epóxi no Brasil. Inesperadamente conseguiram fazer a segunda prancha do Itararé. Veja o modelo da prancha na foto acima. Fazer esta prancha nesta forma, devemos agradecer a visita do Clóvis Colafati. Sobretudo Clóvis amigo do Nei Sobral, antes de cobrir o shape formatou a prancha e cobriu o outline com o Epóxi.
Portanto, o Clóvis Colafati observou um fato importantíssimo que foi a presença de furos na cobertura. Em outras palavras é onde que poderiam provocar a infiltração da resina e corroer o isopor. Cuidadosamente Zé Paioli tampou todos os furos e a prancha ficou sensacional.
Apesar disso o amigo Nei Sobral não teve a mesma sorte que Zé Paioli teve com a visita do Clóvis Colafati para lhe chamar a atenção do perigo. Em suma quando Nei cobriu o shape após aplicar o Epóxi, a resina infiltrou e corroeu todo o isopor da prancha dele. Inevitavelmente perdeu tudo.
Visto que na foto acima Zé Paioli com a prancha em 1967 ao lado do Carlinhos Argento. No Campeonato Paulista de Surfe do Clube da Orla no Guarujá. Foi o 1.º Campeonato de Surfe em São Paulo no corrente ano. A prancha já foi capa do Jornal A Tribuna, pois na sua 1.ª reportagem de surfe realizada pela mídia.
São Vicente
Segunda prancha de fibra
Esta prancha tem muita história. Foi a que Zé Paioli competiu e fez as primeiras fotos de surfe em 1967, no 1.º Paulista de Surfe. Está prancha foi restaurada pela Clássic Longboards. Como resultado desta história, a prancha está no Museu do Surfe de Santos a disposição para todos os visitantes.
Delton Menezes
Primordialmente Delton Menezes é um dos principais shapers de São Paulo, nasceu em 1958. Natural de Sorocaba. Mas aos 3 anos já circulava pelas areias de São Vicente na baixada santista. Hoje é proprietário da Classic Longboards. Delton começou a surfar em 1970. Em 1972 começou a fazer pranchas. Pois prancha de surfe naquela época era artigo raro e caro. Assim as pranchas ganharam o nome de Tato Surfboards. Simultâneamente, trabalhava com Homero, um dos mestres na fabricação de pranchas de surfe do Brasil.
Madeirits surfboards
Zé Paioli e seu irmão Chico Paioli surfavam com pedaços de “madeirits” no Itararé final dos anos de 1964. Veio a grande vibe no verão de 1965 até o último mês do ano corrente. Porém, no verão de 1966 o Jo Hirano e Manoel dos Santos, recordista mundial dos 100 metros livres na nataçao. Foram surfar no Itararé, com os irmãos Paioli. Os Paioli com os “madeirits” e Jo e Manoel com pranchas Glaspacs.
Com toda certeza deixou Zé e Chico Paioli doidos por surfe. Quando Jo Hirano e Manoel Santos saíram da água, os irmãos Paioli foram para cima deles. Chegaram no doce como se fossem formigas.
Jo Hirano e Manoel Santos passou o contato das Glaspacs. Quando viram o preço, ficaram inconformados de muito caro as pranchas da Glaspac.
“Não tínhamos condições de comprar, aí o pai do Cocó foi para o Rio de Janeiro e trouxeram a receita. Foi feita a prancha de Cocó, fui procurá-los e passaram para mim, com o fazer uma prancha. E está foi a 2.ª prancha de fibra de nosso litoral, aí, depois, veio o Homero e Cia”, relata Zé Paioli.
Texto e Fotos: Zé Paioli.
Adaptação do texto: Litoral na Mídia.
Atualização: 23.05.2024
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